O duelo que se previa mais disputado teve precisamente no equilíbrio a nota dominante. Felipe Passos mostrou o que de melhor sabia fazer: jogou, fez jogar e apontou três golos. Do outro lado, Filipe Coelho correu quilómetros na condução da manobra ofensiva, mas a rotatividade imposta pela ausência de um guarda-redes de raíz acabou por precipitar a eliminação.
A sentença ficou ditada apenas na entrada para o último minuto, quando os H.Ramos cimentaram um fosso de dois golos. No entanto, tal não dissuadiu o Hertha, que foi a tempo de protagonizar um falhanço absolutamente caricato a escassos vinte segundos do fim. Dificilmente chegaria a tempo da reviravolta, mas quem viu o Montanelas vs Vai Quem Quer da época passada sabia que, por vezes, milagres podem acontecer. Mérito para os H.Ramos, que encontrarão os Outsiders no jode de acesso a final.
Montanelas 19-1 Timi Boceta
As odds cifravam-se em 1.10 para os Montanelas, 15.0 para o empate e 20.0 para o Timi Boceta. O resultado foi bem mais desnivelado do que qualquer previsão, mas as explicações podem ser facilmente encontradas pelas ausências de vulto de uns e pela máxima força de outros. Diogo da Silva e Lucas Trindade não alinharam e isso precipitou o inglório desfecho.
Mérito para os Montanelas, que deram uma amostra daquilo que é futsal de qualidade: rápidas trocas de bola, remates de grande apuro e pormenores técnicos dignos de uma liga superior. Com um já considerável volume de golos para os finalistas da época passada, foi Rui Martins, saído da baliza, a fazer o tento de honra para gáudio dos seus companheiros de equipa. Montanelas assumem uma forte candidatura à vitória final, dois anos depois da vitória sobre os extintos "Touros".
Outsiders 6-1 FCP
Considerando o número disponível de atletas de um lado e do outro, até se pode dizer que o FCP fez um jogo brilhante. Sem suplentes e com ausências relevantes, os praxistas lutaram bravamente pela eliminatória; do outro lado, os Outsiders encontravam-se na plenitude das suas potencialidades e fizeram por demonstrá-lo, chegando ao intervalo com um pé na meia-final. Rúben Ribeiro e Ricardo Lima protagonizaram um momento hilariante, um autogolo digno das melhores compilações, Francisco Noronha voltou a demonstrar o seu dom de desequilibrar e os restantes membros evidenciaram a serenidade e técnica (acima da média) habituais.
Apesar do esforço, o FCP adiou um ano o sonho de chegar mais longe na prova.
Lombroso 5-1 Papi Kriki
Triunfo justo, mas algo exagerado nos números. O Lombroso fez o jogo típico de quem não tinha opções no banco, facto mal explorado pelos Papi, que se abstiveram de verdadeiramente correr atrás do prejuízo, não obstante as oportunidades criadas. Com 2-0 no placard a dez minutos do fim e chances em ambas as redes, foi Paulo Coelho a ditar o rumo do jogo com um míssil indefensável ao canto superior. O resto do tempo foi de gestão de uns e de desacerto para outros.
Os azuis e brancos disputaram assim o seu derradeiro encontro; os de criminologia encontrarão os Montanelas nas semi-finais.
Sem comentários:
Enviar um comentário